sábado, 23 de janeiro de 2010

Acordo climático publicado foi reprovado, diz o governo brasileiro

aquecimento
O rascunho da proposta dinamarquesa de acordo climático publicado pelo site do jornal britânico ‘The Guardian’ foi apresentado na semana passada em uma reunião fechada com a presença de alguns países e, devido à rejeição que causou, foi recolhido pelos diplomatas de Copenhague, apontou nesta terça-feira (8).
O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Yvo de Boer, soltou nota afirmando que “este foi um papel informal de antes da conferência, dado a um número de pessoas com o propósito de fazer consultas”. De Boer ressaltou que “os únicos textos formais no processo da ONU são aquele colocado na mesa” da conferência.
O rascunho foi vazado para o diário londrino, que publicou reportagem dizendo que o texto demonstraria a intenção de grandes potências de assinar semana que vem um acordo que concede mais poder às nações ricas e confere às Nações Unidas um papel secundário na luta contra o aquecimento global. O título da reportagem é “Conferência do Clima de Copenhague em confusão após vazamento de ‘texto dinamarquês’”.
A intenção das delegações de países desenvolvidos, diz o diário, seria garantir para si um limite maior de emissões de dióxido de carbono (CO2) per capita do que os fixados para nações em desenvolvimento.
Citando uma “análise confidencial” do esboço por membros de delegações de países em desenvolvimento, realizada na noite passada, o “Guardian” aponta que as nações pobres não poderiam emitir mais que 1,44 tonelada de CO2 per capita até 2050, enquanto as ricas teriam um limite por pessoa de 2,67 toneladas - mas esses detalhes não constam no esboço. O embaixador Serra disse desconhecer tal proposta.
A reportagem britânica afirma, ainda, que os recursos para combater o aquecimento global passariam a ser geridos pelo Banco Mundial, desidratando as Nações Unidas no controle financeiro do processo. Seria criada uma nova classe de países pobres, os "mais vulneráveis" às consequências da crise climática.

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